Onde a baía e o rio se misturam tranqüilos
Subindo as frondosas encostas
os pináculos de Providência ascendem
contra o céu ancestral
E nos estreitos caminhos sinuosos
que levam a outras encostas e picos
a magia de dias esquecidos
pode encontrar a quietude pra descansar
Uma clarão da clarabóia, um sopro do batente
Um vislumbre de tijolo jorgiano
As visões e sons de há muito tempo
Onde a fantasia se acumula e se adensa
Uma fuga caminhando na ferrovia,
Um campanário assomando no alto,
Uma torre de igreja esculpida e desbotada,
Uma parede de jardim infestada de musgo
O desabamento duma cripta escondida
comprova a mortalidade humana
Um cais em ruína onde telhados de gambrell vigiavam o mar.
Praça e passeio dos quais as paredes sobressaíam
Completando quinze décadas
nos paralelepípedos das alamedas encaramanchadas
e desprezadas pela multidão.
Pontes de pedra atravessando riachuelos
Casas empoleiradas na colina
e namoros onde mistérios e sonhos
deixam o espírito cheio de meditação
Vielas íngremes ao lado de videiras escondidas
onde vidraças brilham nas janelas
No crepúsculo nalgum momento no campo
Tudo passou
Minha Providência!
Que etéreos anfitriões
Ainda giram teus dourados cata-ventos
quais fôlegos de elfo que, com fantasmas cinzentos,
povoam tuas antigas veredas!
Os carrilhões vespertinos como antigamente
soam sobre teus vales
Enquanto teus austeros pais limpam o bolor
abençoam tua terra sagrada.
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