Nhanderuvuçú (também grafado Nhamandú, Yamandú ou
Nhandejara) considerado o deus supremo na mitologia tupi-guarani.
Nhanderuvuçú não tem a chamada forma antropomórfica, é a
energia que existe, sempre existiu e existirá para sempre, portanto
Nhanderuvuçú existe mesmo antes de existir o Universo.1
No princípio ele destruiu tudo que existia e depois criou a
alma, que na língua tupi-guarani diz-se "Anhang" ou "añã" a
alma; "gwea" significa velho(a); portanto anhangüera
"añã'gwea" significa alma antiga.
Nhanderuvuçú criou as duas almas e, das duas almas (+) e (-)
surgiu "anhandeci" a matéria.
Depois ele disse para haver lagos, neblina, cerração e rios.
Para proteger tudo isso, ele criou Iara.
Depois de Iara, Nhanderuvuçú criou Tupã que é quem controla
o clima, o tempo e o vento, Tupã manifesta-se com os raios, trovões,
relâmpagos, ventos e tempestades, é Tupã quem empurra as nuvens pelo céu.
Nhanderuvuçú criou também Caaporã o protetor das matas por
si só nascidas e protetor dos animais que vivem nas florestas, nos campos, nos
rios, nos oceanos, enfim o protetor de todos os seres vivos.
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