terça-feira, 21 de julho de 2015

Ao crepúsculo, misteriosamente...

Volúpia de dizer teu nome
vagamente... surdamente...
como se o não dissesse...
como se o ouvisse...

Volúpia de ver-te ante meus olhos,
ó longínqua!
tal como não és...
Tal como és, quando não vens...

Volúpia de beijar tua boca
num êxtase imaterial...
como se a não beijasse...
como se osculasse um beijo...

Tristeza de saber tua beleza
Em mim, eternamente,

como num vazio...

Onestaldo de Pennafort


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