Aquele coração, em que eu reinava,
O rosto, em que meus olhos se reviam,
Os lábios, que a voz doce desprendiam,
Que de minha alma os seios penetrava:
O peito, que a meu peito eu apertava,
Os braços, que amorosos me cingiam,
Mil graças, prendas mil, que revestiam
O encantador objecto, que adorava.
Tudo ao sepulcro foi com Márcia, aquela
Que eu tanto celebrei na ebúrnea lira,
Na estação juvenil, jucunda, e bela.
Márcia! Márcia cedeu da morte à ira!...
Oh! como poderá viver sem ela,
O amante, que por ela em vão suspira?
Costa e Silva
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