sexta-feira, 17 de julho de 2015

Após uma Jornada d'Amargura

Eu sei mui bem, Senhor, que não mereço
De que ao meu peito, nunca descançado,
Baixeis, Consolador, Immaculado
A suavisar-me a dôr de que padeço.

Se d'ira, muita vez, n'alma estremeço
Contra o destino, que é por Vós mandado,
Basta pensar no meu Jesus amado
Para volver á paz de que careço.

Se em Vós a minha mente dolorida
Sempre tiver amparo e achar guarida
Nas batalhas da vida, hei de vencer! -

E quando desça emfim á sepultura
Apóz uma jornada de amargura
Como eu, Senhor, acharei bom morrer.


Maria O'Neill

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