terça-feira, 28 de julho de 2015

Fetiche bizarro: mobília humana

          O ato de transformar humanos em mobília é chamado de forniphilia -  não há tradução correta para o termo, mas me arrisco a definir isso literalmente como "parafilia relativa à mobília".
Essa parafilia se resume numa espécie de fetiche onde a objetificação de pessoas é tão literal que seus corpos são tidos como cadeiras, mesas ou outras peças de mobília. O termo forniphilia foi inicialmente empregado por Jeff Gord, adepto do fetiche.

          O ato de transformar alguém em nada mais do que uma peça de mobiliário funcional é um objetivo excitantes para muitos entusiastas do sadismo. Muitas vezes, completamente imóvel, a vítima sente que ela é ao menos útil ao seu dono, desempenhando o papel de uma mesa, cadeira ou mesmo de um cabideiro.



           Por sua definição, forniphilia é algo um tanto quanto doentio extremista, e portanto, pode ser muito perigoso. Nós não recomendamos que você experimente este tipo de escravidão, a menos que você seja muito experiente nessa coisa de fetiches e tome boas medidas de segurança... Afinal, ser literal e metaforicamente um criado-mudo não é para qualquer um!














Ante uma Caveira

Quem foste? Tu que és hoje uns restos do passado?
Um martyr? um bandido? Ó tu que foste alguem!
Quem sabe se inda existe um peito angustiado
que chore a tua falta... um coração de mãe!...

Nas órbitas sem luz, talvez que uns lindos olhos,
outrora com amor, chorassem combalidos...
Talvez que o teu caminho, erriçado de abrolhos,
o regassem de pranto os teus olhos perdidos!

E hoje, fria caveira, insondavel misterio,
nem a terra te abraça o teu craneo gelado!
Nem sequer tens lugar num triste cemiterio,

onde a saudade vá chorar o teu passado!

Lutharda Guimarães de Caires


Antiga Dor

O subtil, o reflexo, o vago, o indefinido,
Tudo o que o nosso olhar só vê por um momento,
Tudo o que fica na Distância diluído,
Como num coração a voz do sentimento.
Tudo o que vive no lugar onde termina
Um amor, uma luz, uma canção, um grito,
A última onda duma fonte cristalina,
A última nebulosa etérea do Infinito...
Esse país aonde tudo principia
A ser névoa, a ser sombra ou vaga claridade,
Onde a noite se muda em clara luz do dia,
Onde o amor começa a ser uma saudade;
O longínquo lugar aonde o que é real
Principia a ser sonho, esperança, ilusão;
O lugar onde nasce a aurora do Ideal
E aonde a luz começa a ser escuridão...
A última fronteira, o último horizonte,
Onde a Essência aparece e a Forma terminou...
O sítio onde se muda a natureza inteira
Nessa infinita Luz que a mim me deslumbrou!...
O indefinido, a sombra, a nuvem, o apagado,
O limite da luz, o termo dum amor
Tornou o meu olhar saudoso e magoado,
Na minha vida foi minha primeira dor...
Mas hoje, que o segredo oculto da Existência,
Num momento de luz, o soube desvendar,
Depois que pude ver das Cousas a essência
E a sua eterna luz chegou ao meu olhar,
Meu infinito amor é a Alma universal,
Essa nuvem primeira, essa sombra d’outrora...
O Bem que tenho hoje é o meu antigo Mal,

A minha antiga noite é hoje a minha aurora!...


Teixeira de Pascoaes


Antropofagia

Mulher! ao ver-te nua, as formas opulentas
Indecisas luzindo à noite, sôbre o leito,
Como um bando voraz de lúbricas jumentas,
Instintos canibais refervem-me no peito.

Como a bêsta feroz a dilatar as ventas
Mede a prêsa infeliz por dar-lhe o bote a jeito,
Do meu fúlgido olhar às chiaspas odientas
Envolvo-te e, convulso, ao seio meu t'estreito:

E ao longo de teu corpo elástico, onduloso,
Corpo de cascavel, elétrico, escamoso,
Em tôda essa extensão pululam meus desejos.

- Os átomos sutis, - os vermes sensuais,
Cevando a seu talante as fomes bestiais

Nessas carnes febris, - esplêndidos sobejos!

Carvalho Júnior


sexta-feira, 24 de julho de 2015

O Mistério em Torno do Número 23


          Não se sabe ao certo o porquê, mas o número 23 é considerado um número enigmático, pois muitos incidentes ao longo da história aconteceram em torno deste número, ou com outros números cuja conta resultaria em 23.

          A primeira pessoa a "notar" a estranha coincidência entre acontecimentos e o número 23 foi William S. Burroughs, citado abaixo em um artigo do Fortean Times escrito por Robert Anton Wilson:

          "A primeira vez que ouvi sobre o enigma do número 23 foi através de William S. Burroughs, autor de Naked Lunch, Nova Express, etc. De acordo com Burroughs, ele conhecera um tal de Capitão Clark, mais ou menos em 1960, em Tangier, que adorava se gabar que estava navegando há 23 anos sem sofrer um acidente sequer. Em um certo dia, o navio de Clark sofreu um acidente que matou a ele e a todos que estavam a bordo. Mais tarde, naquela mesma noite, enquanto Burroughs pensava sobre este mórbido exemplo de ironia dos deuses, um boletim urgente na rádio anunciou a queda de um avião na Flórida, EUA. O piloto era outro capitão Clark, e o avião era o vôo 23."

          Depois disso, Burroughs passou a ficar atento com este número, sempre tomando nota em seus cadernos sobre casos que envolviam o 23.
O assunto esfriou com o passar dos anos, mas voltou a tomar forças neste século, com o lançamento do filme Número 23 (Number 23 - 2007) estrelado por Jim Carrey. Depois disso, muitos voltaram a prestar atenção no número e em suas coincidências bizarras!

          Eis algumas delas:

- O livro A Origem das Espécies, de Charles Darwin, foi publicado em 1859 (1+8+5+9 = 23)

- A bomba de Hiroshima foi jogada às 08:15 am (8+15 = 23)

- Os ataques às Torres Gêmeas, em Nova York, ocorreram em 11 de Setembro de 2001 (11+9+2+0+0+1 = 23)

- William Shakespeare nasceu em 23 de Abril de 1564 e morreu em 23 de Abril de 1616 (Num momento de curiosidade, somei 16+16 e deu 32!!Close enough!)

- W é a 23ª letra do alfabeto latino, têm duas pontas para baixo e três para cima. Em um teclado QWERTY comum o W está logo abaixo e entre os números 2 e 3.

- A Marcha do Sal de Ghandi durou 23 dias.

- Supõe-se que Adão e Eva tiveram 23 filhos.

- O Antigo Testamento possui 23 livros, e seu salmo mais famoso é o 23, o Salmo de Davi:


1. O Senhor é o meu pastor, nada me faltará.
2. Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranqüilas.
3. Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome.
4. Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque Tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.
5. Preparas uma mesa perante a mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.
6. Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do Senhor por longos dias .

- Charles Manson (serial killer, conhecido pelo assassinato da atriz Sharon Tate, esposa do diretor Roman Polanski) nasceu em 12 de Novembro (11+12 = 23).

- 2 dividido por 3 resulta em 0,666 (Na verdade é 0,66666667, mas fica aí registrado pros curiosos)

- O desastre de Chernobyl aconteceu no dia 26 de Abril de 1986 (1+9+8+6=23) às 01h23

- O hacker alemão Karl Koch inventor do “Trojan” morreu em um 23 de maio.

- Em “A Paixão de Cristo” (Filme de Mel Gibson), Jesus é açoitado 23 vezes antes de Satã ser visto na multidão

- O Titanic afundou na manhã do dia 15 de Abril de 1912 (1+5+4+1+9+1+2=23)

- Julío César foi apunhalado 23 vezes.

- A primeira transmissão em código morse utilizou uma passagem bíblica, o Números 23:23 ("What hath God wrought?" - "O que Deus tem feito?" (N/T: Em tradução literal e básica, não encontrei como está escrito na bíblia em português).)

- Kurt Cobain nasceu em 1967 (1+9+6+7 = 23) e morreu em 1994 (1+9+9+4 = 23)

- Os cavaleiros Templários tiveram um total de 23 Mestres.

          Entre muitas outras coincidências, que tendem a aparecer cada vez mais.
          Não sabemos se há de fato algo de místico no Número 23, mas, decerto, as coincidências acerca desse número são várias!


          E você, leitor? Acredita? Tem alguma coincidência com esse número?



Vídeo Russo

Você consegue assistir até o final?
Se prepare para entrar em transe.

Um vídeo russo foi posto no youtube há mais ou menos cinco anos, e o mesmo é tanto quanto bizarro e já foi visto por mais de 160.000 mil pessoas.
Existe poucas informações sobre o vídeo, apenas uma descrição que diz:

"Olhei pelo meio, foi incapaz de continuar, mas depois de uma pausa, é aconselhável procurar no escuro, e acreditar ..." (Google Tradutor)

Consegue assistir até o final?





quinta-feira, 23 de julho de 2015

O Velho Pescador


          Como sabemos a arte é a maior dádiva da humanidade, porém existem muitas controvérsias em torno de algumas obras de arte.

          Conheço esse quadro desde minha infância, já que era obcecado em observar as obras de arte nos livros, principalmente nos de história. Porém o mesmo guarda um segredo que poucos imaginam e muitos chamam de mensagem subliminar, nesse caso eu chamaria de mensagem oculta proposital.


          Esse pintura acima foi realizado pelo pintor Tivadar Csontvary Kosztka, a mesma é intitulada de "O Velho Pescador", e a primeira vista mostra um homem idoso com traços bem definidos e uma paisagem ao fundo que pode ser interpretada de diversas formas.

          Esse não é o que torna a obra de certo modo sombria, mas uma mensagem oculta deixada pelo autor que só foi descoberta depois de sua morte.


          Um espelho colocado no meio da tela mostra duas faces diferentes: Deus (se o ombro direito do velho é refletida) e do diabo (se refletir o ombro esquerdo).



          Quem desconfiaria que uma simples pintura como essa traria algo tão relativo e paralelo. Se observarmos bem, o idoso na pintura original se mostra bastante pensativo, e com uma análise mais a fundo, em meu ponto de vista, ele pode retratar a humanidade, experiente, porém com seus dois lados.

          O bem e o mau caminham lado a lado, e podem juntar-se de certo modo.




O Quadro do Homem Angustiado


         Essa pintura pertence a um homem chamado Sean Robison. Ela foi dada a ele por sua avó, que manteve ela por 25 anos trancada num sótão. Ela avisou a ele que o quadro é amaldiçoado. O artista que o pintou usou seu próprio sangue misturado com a tinta, e suicidou-se após terminar o quadro.

          Ela disse que quando teve o quadro começou a ouvir vozes, choros e até ver uma figura sombria andando pela casa, por isso decidiu trancar ele no sótão.
  
         Quando levou o quadro para casa, Sean Robinson começou a presenciar os mesmos fenômenos paranormais. Além disso seu filho caiu da escada e sua esposa sempre sentia a presença de alguém perto, até acariciando seus cabelos.

         Mas esse objeto mal assombrado não é só uma história. Robinson decidiu deixar uma câmera filmando o quadro por um dia para tentar capturar esse fenômenos e ele conseguiu. Ele postou um vídeo no youtube mostrando coisas que aconteceram na filmagem com o quadro.


Veja você mesmo.


         Hoje o quadro está trancado no porão da casa do Robinson, e mesmo amaldiçoado ele afirma que não tem interesse em vender o quadro.


         Não sei vocês, mas gostei bastante do aspecto do quadro, bastante mórbido e passa um tipo de angústia apenas com a aparência. O tipo de quadro que se coloca sobre a cama (ou não).




Antífonas azuis de Santos Ritos...


Antífonas azuis de Santos Ritos,
Acérrimos Aromas de Luxúria,
Sonhos dementes, lúbricos, de Fúria,
Visões! negras Visões dos Infinitos!

Espectros Siderais de antigos Mitos,
De pensamentos Máxima Penúria,
- Dor que geme, que canta, Dor purpúrea,
Têrmos estes a todo Instante escritos!

Ditos sem Ordem no Papel dispersos,
Nenhum Pensar em burilados versos,
Eis do Nefelibata a Idéia pura.

Eis tudo em seu Cérebro doentio,
Em Ondas turbilhona como um rio

Para o rábido Oceano da Loucura.

Brant Horta


Ao Crepúsculo

O crepúsculo cai, tão manso e benfazejo
Que me adoça o pesar de estar em terra estranha.
E enquanto o ângelus abençoa o lugarejo,
Eu penso em ti, apaziguado e sem desejo,
Fitando no horizonte a linha da montanha.

A montanha é tranqüila e forte, e grande e boa.
Ela afaga o meu sonho. E alegra-me pensar
(Tanto a saudade a um tempo acalenta e magoa!)
Que tu, na doce paz da tarde que se escoa,
Teces o mesmo sonho, ouvindo e vendo o mar.

Embalada na voz do grande solitário,
Tu mortificarás teu casto coração
Na dor de revocar o noivado precário.
(Ah, porque te confiei o meu desejo vário?
Por que me desvendaste a tua sedução?)

Se nos aparta o espaço, o tempo - esse nos liga.
A lembrança é no amor a cadeia mais pura.
Tu tens o grande Amigo e eu tenho a grande Amiga:
O mar segredará tudo quanto eu te diga,

E a montanha dirme-te-á tua imensa ternura.

Manuel Bandeira


Ao Dia dos Finados

                I

Um dia para os mortos, se é que o dia
        Nos túmulos penetra.
Entre tantos de riso um só de pranto
        Seja sagrado às lousas
Fechadas pela morte, e onde seu selo,
Segunda morte grava o esquecimento.

                II

Terra de mortos, deixa que pisem
Os pés dos vivos, deixa; no teu reino
Pedaços d’alma dos que vivem dormem.
        Entre os círios funéreos
Arde também amor, geme a saudade.
Mãe extremosa, os restos seus recebes
Quando do mundo inteiro abandonados
Vêm no teu leito procurar descanso.
        O pai idolatrado
        A ti confia o órfão;
Entrega-te seu filho a mãe querida;
        Os irmãos, os amigos
Seus irmãos, seus amigos, te entregaram:
Um dia, ao menos, querem vê-los: — Cede,
        Pois tens tudo o que é seu.

                III

        Um espírito único
Desgraçado daquele que só teve
Quando peregrinou por estes lares!
O triste foi um tronco sem raízes
Que aos impulsos da sorte foi tombando.
Té que por fim caiu na eternidade.
        Nem há na espécie humana
Infeliz tão bastardo da ventura,
Que tão ermo ficasse sobre a terra.
É uma planta só a humanidade:
Por mais extremo que lhe seja um ramo,
Pela seiva comum é sustentado,
E a cicatriz, que fica se o decotam,
Da vida que se foi narrando a perda,
Da vida que ficou narra a saudade...

                IV

Terra de mortos, deixa que dos vivos
As almas se dilatem; frias cinzas
Animar-se não podem; mas são elas
Quinas dos edifícios abatidos
Que o espírito só a Deus conhecem.
Deixai-os divagar nessas ruínas,
Que são domínios seus. — A terna ave,
A quem a companheira arrebataram,
Deixa, ao menos, voar em torno ao ninho.

                V

Podeis entrar, fiéis. — Que o pó do mundo
Vos não venha nos pés. — Quando é da vida,
Tudo estranho é aqui; a gala é óbito;
O banquete são preces: Deus reparte
O pão espiritual que o sacerdote
        Prepara nos altares;
São convivas os mortos, que recebem
        Também com ele
O sangue sacrossanto, que enfraquece
Da punição o fogo. — Frágeis lágrimas,
Ah! do mundo não são, tanto que o mundo
        Não as quer nem conhece.

                VI

Entremos... Mas... O nível dos sepulcros
Não vejo aqui!!... Marmóreos monumentos
Aqui, ali se erguem distinguindo
O pó do pó que a morte confundira.
Ilusão pueril! É cinzas tudo!
Só diverge a morada no aspecto:

        Os donos são iguais.

Laurindo Rabelo


quarta-feira, 22 de julho de 2015

Ao Poente

Gosto de ver na síncope do dia
A mistura de tintas do poente,
O sangue vivo, violento e quente
Do sol, n'uma medonha hemorragia.

A claridade extingue-se na enchente
Da noite, de uma atroz melancolia,
Mas, na curva rosada inda sorria
A luz do fim da tarde no ocidente.

Pirilampos azuis, misteriosos
Saem das moitas frescas, perfumadas,
Como os astros por Céus silenciosos...

E, por entre o salgueiro de uma cova,
Surgia além, das fúnebres moradas,

A cimitarra de uma lua nova.


Ernâni Rosas

Ao cair da tarde

Vae aos poucos o sol esmorecendo
Entre as nuvens doiradas, setinosas;
E as aves o espaço percorrendo
Vão no ar como pétalas de rosas.

Choram as fontes, e as flor's tremendo
Na haste se baloiçam deleitosas,
Longe, o pastor o gado recolhendo
Entôa triste umas canções saudosas.

Uma vaga tristeza nos invade.
Em noss'alma se espalha uma saudade,
Echo distante de passado hymno.

E o sol em fogo, treme agonisante,
Depois... a noite apaga-o n'um instante,

Como lagrima ao riso cristalino.


Eugenia Rego Pereira

Ao crepúsculo, misteriosamente...

Volúpia de dizer teu nome
vagamente... surdamente...
como se o não dissesse...
como se o ouvisse...

Volúpia de ver-te ante meus olhos,
ó longínqua!
tal como não és...
Tal como és, quando não vens...

Volúpia de beijar tua boca
num êxtase imaterial...
como se a não beijasse...
como se osculasse um beijo...

Tristeza de saber tua beleza
Em mim, eternamente,
como num vazio...

Onestaldo de Pennafort


terça-feira, 21 de julho de 2015

Para assistir - Um Lobisomem Americano em Paris





Lobisomem - O Mito


               Lobisomem ou licantropo (do grego λυκάνθρωπος: λύκος, lykos, "lobo" e άνθρωπος, anthrōpos, "homem"), é um ser lendário, com origem na mitologia grega, segundo as quais, um homem pode se transformar em lobo ou em algo semelhante a um lobo em noites de lua cheia, só voltando à forma humana ao amanhecer.

               Tais lendas são muito antigas e encontram a sua raiz na mitologia grega. Segundo As Metamorfoses de Ovídio, Licaão, o rei da Arcádia, serviu a carne de Árcade a Zeus e este, como castigo, transformou-o em lobo (Met. I. 237).Uma das personagens mais famosas foi o pugilista arcádio Damarco Parrásio, herói olímpico que assumiu a forma de lobo nove anos após um sacrifício a Zeus Liceu, lenda atestada pelo geógrafo Pausânias.

               Segundo lendas mais modernas, para matar um lobisomem é preciso acertá-lo com artefatos feitos de prata.



Variantes culturais

               O Licantropo dos gregos é o mesmo que o Versipélio dos romanos, o Volkodlák dos eslavos, o Werewolf ou Dracopyre dos saxões, o Werwolf dos alemães, o Óboroten dos russos, o Hamtammr dos nórdicos, o Loup-garou dos franceses, o arbac-apuhc da Península Ibérica, o Lobisomem dos brasileiros e da América Central e do Sul, com suas modificações fáceis de Lubiszon, Lobisomem, Lubishome; nas lendas destes povos, trata-se sempre da crença na metamorfose humana em lobo, por um castigo divino.


               Luison, o Lobisomem segundo a Mitologia guarani.

               No Brasil existem muitas versões dessa lenda, variando de acordo com a região. Uma versão diz que a sétima criança em uma sequência de filhos do mesmo sexo tornar-se-á um lobisomem. Outra versão diz o mesmo de um menino nascido após uma sucessão de sete mulheres. Outra, ainda, diz que o oitavo filho se tornará a fera. Outra já diz que é apos a morte de um familiar que possuía a aberração e passou de pai pra filho, avô pra neto e assim por diante.

               As pessoas conhecem o licantropo na forma humana através de comportamentos estranhos, como mudança de comportamento, misteriosa e quase sempre com olhos cansados(olheira), o licantropo na forma humana é uma pessoa muito atenta as outras, sempre desconfiando de tudo como por exemplo, tem muito medo de ser descoberta a humanidade que é uma aberração, porém é muito protetora em forma humana.

               Em algumas regiões, o Lobisomem se transforma à meia noite de sexta-feira, em uma encruzilhada. Como o nome diz, é metade lobo, metade homem. Depois de transformado, sai à noite procurando sangue, matando ferozmente tudo que se move. Antes do amanhecer, ele procura a mesma encruzilhada para voltar a ser homem.

               Em algumas localidades diz-se que eles têm preferência por bebês não batizados. O que faz com que as famílias batizem suas crianças o mais rápido possível. Já em outras diz-se que ele se transforma se espojando onde um jumento se espojou e dizendo algumas palavras do livro de São Cipriano e assim podendo sair transformado comendo porcarias até que quase se amanheça retornando ao local em que se transformou para voltar a ser homem novamente. No interior do estado de Rondônia, o lobisomem após se transformar, tem de atravessar correndo sete cemitérios até o amanhecer para voltar a ser humano. Caso contrário ficará em forma de besta até a morte. O escritor brasileiro João Simões Lopes Neto escreveu assim sobre o lobisomem: "Diziam que eram homens que havendo tido relações impuras com as suas comadres, emagreciam; todas as sextas-feiras, alta noite, saíam de suas casas transformados em cachorro ou em porco, e mordiam as pessoas que a tais desoras encontravam; estas, por sua vez, ficavam sujeitas a transformarem-se em Lobisomens…"



               Há também quem diga que um oitavo filho que tem sete irmãs mais velhas se torna lobisomem ao completar treze anos. Também dizem que o sétimo filho de um sétimo filho se tornará um lobisomem.

               A lenda do lobisomem é muito conhecida no folclore brasileiro, e assim como em todo o mundo, os lobisomens são temidos por quem acredita em sua lenda. Algumas pessoas dizem que além da prata o fogo também pode matar um lobisomem. Outras acreditam que eles se transformam totalmente em lobos e não metade lobo metade homem.

               Algumas lendas também dizem que se um ser humano for mordido por um lobisomem, e não o encontrar a cura até a 12ª badalada desse mesmo dia, ficará lobisomem para toda a eternidade.


Lenda portuguesa

               Há referências muito antigas ao lobisomem em Portugal. Aparece no Rifão de Álvaro de Brito (Cancioneiro Geral):

Sois danado lobishomem,
Primo d’Isac nafú;
Sois por quem disse Jesus
Preza-me ter feito homem.

               (Garcia de Resende, Excertos, por António Feliciano de Castilho, Livraria Garnier, Rio de Janeiro, 1865, p. 24).

               É também mencionado no Vocabulario Portuguez e Latino de Rafael Bluteau (tomo V, p. 195) e nos sonetos de Bocage:

Profanador do Aónio santuário,
Lobisomem do Pindo, orneia ou brama,
Até findar no Inferno o teu fadário!

               (Bocage, Obras Escolhidas, primeiro volume, p.122).

               No século XIX, Alexandre Herculano escreveu assim sobre o lobisomem da região da Beira-Baixa: "Os lubis-homens são aqueles que têm o fado ou sina de se despirem de noite no meio de qualquer caminho, principalmente encruzilhada, darem cinco voltas, espojando-se no chão em lugar onde se espojasse algum animal, e em virtude disso transformarem-se na figura do animal pré-espojado. Esta pobre gente não faz mal a ninguém, e só anda cumprindo a sua sina, no que têm uma cenreira mui galante, porque não passam por caminho ou rua, onde haja luzes, senão dando grandes assopros e assobios para se lhas apaguem, de modo que seria a coisa mais fácil deste mundo apanhar em flagrante um lubis-homem, acendendo luzes por todos os lados por onde ele pudesse sair do sítio em que fosse pressentido. É verdade que nenhum dos que contam semelhantes histórias fez a experiência". (A. Herculano, Opúsculos, Tomo IX, Bertrand, Lisboa, 1909, p. 176-177).

               Nos seus estudos sobre mitologia popular, o escritor e etnógrafo português Alexandre Parafita reconhece que, embora a designação sugira tratar-se de um ser híbrido de homem e lobo, muitas das crenças sobre esta criatura identificam-na na figura tanto de lobo, como cavalo, burro ou bode, consistindo o seu fadário em ir despir-se à meia-noite numa encruzilhada, espojando-se no chão, onde um animal já antes fizera o mesmo, após o que se transforma nesse animal para ir “correr fado”.

               A representação na figura híbrida de homem e lobo não é alheia ao desassossego que este animal provoca, desde tempos imemoriais, no inconsciente colectivo. Escreve este autor: “As comunidades rurais transmontanas ainda hoje o encaram como um animal cruel, implacável com os seres mais indefesos, inimigo de pastores, dos caminhantes da noite e pesadelo permanente das crianças que habitam nas aldeias mais isoladas. Não se estranha, por isso, que no fabulário popular o lobo apareça como símbolo do mal e que o conceito de lobisomem, enquanto produto da fantasia popular, possa ser considerado como uma tentativa de apresentar uma criatura onde se conjuga a ferocidade maléfica do lobo com as emoções, ora angustiosas, ora igualmente maléficas, do homem”.


Peeira

               Peeira ou fada dos lobos é o nome que se dá às jovens que se tornam nas guardadoras ou companheiras de lobos. Elas são a versão feminina do lobisomem e fazem parte das lendas de Portugal e da Galiza. A peeira tem o dom de comunicar e controlar alcateias de lobos.

               Um extenso relato sobre o lobisomem fêmea português encontra-se nas Travels in Portugal de John Latouche (London, [1875], p. 28-36).

               Camilo Castelo Branco escreveu nos Mistérios de Lisboa: "A porta em que bateu o padre Diniz comunicava para a sala em que estavam duas criadas da duquesa, cabeceando com sono, depois que se fartaram de anotar as excentricidades de sua ama, que, a acreditá-las, há cinco anos que cumpria fado, espécie de Loba-mulher, ou Lobis-homem fêmea, se os há, como nós sinceramente acreditamos." (Vol.I, Porto, 1864, p. 136).

Corredor

               O corredor é a pessoa que tem que correr o fado. O corredor é um ser mutante, pode assumir a forma de lobo, de cão ou outro animal. Quando se encontra um para quebrar o fado deve-se fazer sangue, isto é, fazê-lo sangrar.

Tardo

               O Tardo é uma espécie de duende, um ser mutante que assume formas de animais mas que pode transformar-se num lobisomem se ao fim de sete anos não lhe quebrarem o fado.

Corrilário

               Os corrilários são as almas penadas em figura de cão. Se um lobisomem morre antes de terminar o seu fadário, depois de morto termina os seus dias como corrilario



Famosos

               Entre os muitos famosos lobisomens da ficção estão:
  
Lobi da Turma da Penadinho escrito por Mauricio de Souza
Lucian (Michael Sheen) dos filmes Anjos da noite e Anjos da noite: a rebelião dos Lycans;
Tyler Lockwood e Mason Lockwood da série The Vampire Diaries;
Tyler Smallwood e Jacob Smallwood de Diários do Vampiro: Reunião Sombria;
Sir John Talbot (Anthony Hopkins) e seu filho, Lawrence Talbot (Benicio Del Toro) do filme O Lobisomem;
David Naughton como David Kessler em Um Lobisomem Americano em Londres (An American Werewolf in London, no original);
Scott McCall (Michael J. Fox no filme original e Tyler Posey na série de 2011) de Teen Wolf;
Remo John Lupin e Fenrir Lobo Greyback da saga/serie Harry Potter de J.K. Rowling, representados no cinema por David Thewlis ( Remo Lupin) e Dave Legeno ( Fenrir Greyback )
Alcide Herveaux (e outros) de True Blood
Astromar Junqueira (Rui Resende) da novela Roque Santeiro
Hunter Sands "(Castelo do Medo)"
Ginger Fitzgerald de Ginger Snaps
George Sands e Tom McNair de Being Human
Peter Rumancek (da série Hemlock Grove, baseada no livro escrito por Brian McGrevy, e atualmente reproduzida no Netflix. O personagem é interpretado por Landon Liboiron.)
Professor Aristóbulo Camargo, da novela ou minisérie Saramandaia
Lobi, o lobisomem da Turma do Penadinho, nas histórias em quadrinhos da Turma da Mônica
A minisérie Sítio do Picapau Amarelo teve lobisomens como personagens, tanto na série dos anos 70 quanto nos anos 2000.
Eddie, o filho do seriado The Munsters
Luby, personagem das histórias em quadrinhos da A Turma do Arrepio
Kagerou Imaizumi, personagem da série de jogos Touhou Project
Pernambuco Nogueira (Selton Mello do filme O Coronel e o Lobisomem (2005) ).
Gabriel Van Helsing (interpretado por Hugh Jackman em Van Helsing caçador de monstros..fora mordido por Velkan que tambem era um lobisomem)
Ruby, personagem da serie Once Upon A Time interpretada por Meghan Ory.
RPG

               A editora norte-americana White Wolf produziu dois RPGs onde os lobisomens são os protagonistas.



Lobisomem: O Apocalipse


               O jogo de "horror selvagem", Lobisomem: O Apocalipse é um RPG storyteller criado para o cenário Mundo das Trevas. Diferente dos vampiros, os Garou (como os lobisomens se autodenominam) são guerreiros que buscam salvar a natureza e o mundo de uma poderosa força destruidora chamada Wyrm. Ao mesmo tempo, porém, precisam encarar a realidade de que não são os humanos (ou lobos) que pensavam que eram. Com elementos de horror, violência, ecologia, críticas sociais e panteísmo, Lobisomem: O Apocalipse foi um dos grandes sucessos da editora do Antigo Mundo das Trevas finalizado em 2004 pela White Wolf.

Werewolf: The Forsaken



               Werewolf: The Forsaken é um RPG ambientado no Novo Mundo das Trevas criado pela White Wolf Editora traduzido no Brasil como "Lobisomem: Os Destituídos". É o sucessor comercial de Lobisomem: O Apocalipse, porém não é uma continuação do jogo anterior; o "jogo de horror selvagem" da linha de jogos do Mundo das Trevas original. Como em Lobisomem: O Apocalipse, o jogo é construído com base nos mitos da cultura popular para criar uma visão única dos lobisomens, embora haja diferenças enormes entre Forsaken e seu antecessor. Por exemplo, o jogo apresenta um sistema de auspícios baseado nas cinco fases da lua, e cada o papel de cada jogador correspondendo aos auspícios continuam o mesmo com relação ao Apocalipse.





Ao crepúsculo, misteriosamente...

Volúpia de dizer teu nome
vagamente... surdamente...
como se o não dissesse...
como se o ouvisse...

Volúpia de ver-te ante meus olhos,
ó longínqua!
tal como não és...
Tal como és, quando não vens...

Volúpia de beijar tua boca
num êxtase imaterial...
como se a não beijasse...
como se osculasse um beijo...

Tristeza de saber tua beleza
Em mim, eternamente,

como num vazio...

Onestaldo de Pennafort


Aos Emudecidos

Oh, a loucura da cidade, quando ao entardecer
Árvores atrofiadas fitam inertes ao longo do muro negro
Que o espírito do mal observa com máscara prateada;
A luz, com açoite magnético, expulsa a noite pétrea.
Oh, o repicar perdido dos sinos da tarde.

A puta, em gélidos calafrios, pare uma criança morta.
A cólera de Deus chicoteia enfurecida a fronte do possesso,
Epidemia purpúrea, fome que despedaça olhos verdes.
Oh, o terrífico riso do ouro.

Mas quieta em caverna escura sangra muda a humanidade,

Constrói de duros metais a cabeça redentora.

Georg Trakl


Apostrofe à Carne

Quando eu pego nas carnes do meu rosto.
Pressinto o fim da orgânica batalha:
— Olhos que o húmus necrófago estraçalha,
Diafragmas, decompondo-se, ao sol posto...

E o Homem — negro e heteróclito composto,
Onde a alva flama psíquica trabalha,
Desagrega-se e deixa na mortalha
O tacto, a vista, o ouvido, o olfato e o gosto!

Carne, feixe de mônadas bastardas,
Conquanto em flâmeo fogo efêmero ardas,
A dardejar relampejantes brilhos,

Dói-me ver, muito embora a alma te acenda,
Em tua podridão a herança horrenda,
Que eu tenho de deixar para os meus filhos!

Augusto dos Anjos


segunda-feira, 20 de julho de 2015

O Lobisomem Existe! 20 Reportagens Mostrando Casos Ocorridos no Brasil

          Será que o lobisomem é somente uma lenda? Vasculhei o Youtube e trago agora para meus leitores 20 reportagens feitas sobre o bicho peludo. Pegue a bala de prata para se proteger enquanto assiste aos vídeos.


01. Lobisomem em Florianópolis-SC

Morador está ouvindo barulhos ao redor de sua casa. Ele mostra pegadas do lobisomem e relata que ele está quebrando as telhas de sua casa.


02. O Lobisomem Cadeirudo de Campo Grande-MS
Mototaxista conta a história do passageiro que em uma corrida para uma área afastada, falou para ele tomar cuidado com o lobisomem que vivia no local. Ele ficou assustado, pois teria que voltar sozinho depois!


03. O Lobisomem de Três Lagoas - MS
O quadro Sem Limite do Fantástico, na década de 90, apresentou a história do Lobisomem de Três Lagoas/MS. A criatura andou transtornando o cotidiano da cidade e mobilizou ações da polícia, rádios locais e dos próprios moradores que tem suas próprias versões para o monstro.


04. Os Irmãos Penga de São Tomé-PR: Eles Prenderam um Lobisomem!
O caso dos irmãos Penga, moradores de São Tomé, interior do Paraná, são testemunhas de um caso que muitos julgam ser ficção: eles capturaram um lobisomem! Assista reportagem exibida no programa do Ratinho, Tribuna da Massa e Maringá Urgente.


05. Lobisomem em Itaitinga-CE
Homem afirmar ter visto o lobisomem em Itaitinga, região metropolitana de Fortaleza. O problema foi que seus animais, depois do ocorrido, começaram a emagrecer...


06. Lobisomem em Jaiparas-CE
Em Jaibaras, Distrito de Sobral-CE, os moradores estão com medo de uma criatura que vem atacando alguns animais da região. De acordo com testemunhas, o "bicho"seria um ser metade homem, metade cachorro.


07. A Menina Lobisomem de Guarabira-PB
Um radialista recebeu a informação de que uma criatura estava assombrada os moradores dos sítios da região. Ela era descrita como tendo uma cabeça, mas do pescoço para baixo era outra coisa. A reportagem vai atrás do bicho colhendo relatos


08. Lobisomem ataca em Rosário Oeste-MT
A TV Rosário recebeu uma denúncia de que um lobisomem tinha atacado moradores no bairro Aeroporto e foi investigar...Lá encontraram um homem todo arranhado e entrevistaram o homem que o salvou. Lembre-se, o salvou! (é que ele fala umas 10 vezes que salvou o rapaz em 30 segundos!).


09. Lobisomem em Itapoá-SC
Moradora da cidade vem sofrendo a constante visita de um lobisomem. A criatura destruiu parte da cerca de sua casa e deixou pegadas na sua casa que chegam até a janela do seu quarto. Caso Assombrado!


10. Lobisomem em Araraquara-SP
Ouvinte conta caso de uma mulher que o marido é o sétimo filho e que tem noites que ele não passa em casa...


11. Lobisomem aparecem em Jacarezinho-PR
Moradores de Jacarezinho-PR contam os relatos de um lobisomem que está assustando a cidade.


12. Lobisomem em Prado Ferreira-PR
As pessoas acreditam em lobisomem na cidade de Prado Ferreira. Alguns moradores dizem que já viram o bicho. Outros não querem nem pensar na possibilidade de cruzar com um animal desses. Mito ou verdade?


13. Lobisomem em Baturité-CE
O programa vai na cidade para contar a história de Lúcia, o homem que tem a força de 10 homens e ruge como um lobo!


14. O Lobisomem de Peabirú-PR
A reportagem vai conferir se é verdade que tem um lobisomem preso na cadeia da cidade.


15. O Lobisomem de Jaibaras-CE
Em outubro de 2012, a população desse distrito de Sobral-CE ficou assustada. Uma criatura estranha estava rondando a cidade.


16. Lobisomem em Coração de Maria-BA
A equipe do Coração Notícias vai a zona rural da cidade de Coração de Maria-BA ouvir histórias das pessoas sobre o lobisomem.


17. O Lobisomem de Inhambupe-BA
Quadro do programa "Isso é um Espanto" do programa Fantástico exibido em 2001


18. O Lobisomem de Aquidauana-MS
O lobisomem apareceu em um distrito da cidade que eu não consegui entender o nome :) Os moradores contam seus casos e levam o repórter até a casa do mais famoso lobisomem do local, um homem chamado Vicente Padeiro.


19. O Lobisomem em Pipa-RN
Conheça a história de Antônio Barbosa: o filho do homem que matou o lobisomem!


.20. Sertão do Brasil
Infelizmente não sei o local desta gravação, mas é uma história assustadora contada por uma simpática senhora.




Para Assistir - O Lobisomem, Filme Completo Dublado, Versão Estendida






Após Negros Vapores

Após negros vapores a oprimir planícies
Por uma longa e triste estação, vem um dia
Nascido no suave Sul e já esvazia
Céus enfermos de todas manchas de imundície.
O angustiado mês, mitigando a aflição,
Tem, de maio, no bem reavido, o sentir,
Pálpebra em frio rápido a se divertir
Tal rosa no pingar das chuvas de verão.
Os calmos pensamentos nos vêm como folhas
Brotando - fruto em paz maduro - sóis de outono
A sorrir pelo acaso sobre imóveis molhos, -
Doce face de Safo - o arfar do infante em sono,
A areia gradual que escorre na ampulheta, -

Um regato de bosque - a morte de um Poeta.

John Keats


Após uma Jornada d'Amargura

Eu sei mui bem, Senhor, que não mereço
De que ao meu peito, nunca descançado,
Baixeis, Consolador, Immaculado
A suavisar-me a dôr de que padeço.

Se d'ira, muita vez, n'alma estremeço
Contra o destino, que é por Vós mandado,
Basta pensar no meu Jesus amado
Para volver á paz de que careço.

Se em Vós a minha mente dolorida
Sempre tiver amparo e achar guarida
Nas batalhas da vida, hei de vencer! -

E quando desça emfim á sepultura
Apóz uma jornada de amargura

Como eu, Senhor, acharei bom morrer.


Maria O'Neill