Conta a lenda que o Negro D'água ou Nego D'água vive em
diversos rios. Manifestando-se com suas gargalhadas, preto, careca e mãos e pés
de pato, o Negro D'água derruba a canoa dos pescadores, se eles se negarem de
dar um peixe. Em alguns locais do Brasil, ainda existem pescadores que, ao sair
para pescar, levam uma garrafa de cachaça e a jogam para dentro do rio, para
que não tenham sua embarcação virada. Esta é a História bastante comum entre
pessoas ribeirinhas, principalmente na Região Centro-Oeste do Brasil, muito
difundida entre os pescadores, dos quais muitos dizem já ter o visto.
Segundo a Lenda do Negro D'Água, ele costuma aparecer para
pescadores e outras pessoas que estão em algum rio. Não se há evidências de
como nasceu esta Lenda, o que se sabe é que o Negro D'Água só habita os rios e
raramente sai dele, seu objetivo seria como amedrontar as pessoas que por ali
passam, como partindo anzóis de pesca, furando redes dando sustos em pessoas a
barco, etc. Suas características são muito peculiares, ele seria a fusão de
homem negro alto e forte, com um anfíbio. Apresenta nadadeiras como de um
anfíbio, corpo coberto de escamas mistas com pele.
Como toda boa cidade grande, Goiânia também é recheada de
lendas urbanas. Se fala muito de túneis antiaéreos que correriam por baixo do
Centro da cidade, sobre o Teatro Goiânia para abrigar um bunker contra ataques
nucleares e muitas outras coisas. Uma delas é que o Martim Cererê seria
assombrado. O centro cultural abrigava caixas d’água, que após desativadas
foram usadas para torturar presos durante a Ditadura Militar e nem todas
saíram vivas de lá. Funcionários e frequentadores dizem ver constantemente as
almas dos torturados vagando pelos teatros em que se tornaram as antigas caixas
d’água.
Wes Craven (Cleveland, Ohio, 2 de agosto de 1939 — Los
Angeles, 30 de agosto de 2015 ) foi um realizador, produtor, argumentista e
editor de cinema norte-americano, célebre por ter criado as famosas séries de
filmes de terror Pânico e A Hora do Pesadelo.
Morreu em sua casa, em Los Angeles, vítima de câncer no
cérebro. wes fez seu primeiro filme em prol da guerra fria que estava tendo
naquele tempo,assim tentado minimizar a violência e impotencia,focou por muito
tempo o publico adolescente,A proposta era explorar as ações de pessoas normais
diante o terror escondido em extremas situações.E considerado o pai de terror
por expor os melhores filmes,e dar vida a varios personagens em hollywood .Era
um grande idealizador,graduado na faculdade de literatura inglesa,psicologia,filosofia,e
Escrita E foi professor de humanidade na universidade de Clarkson em Postcam
(Nova york) e como professor de inglês na faculdade de Westminster antes de
deixar tudo pelo cinema, um trabalho no qual começou como editor de som após
trabalhar um tempo como taxista. Teve sua primeira oportunidade em (1972) com o
filme "aniversario macabro"
Procedimentos de Contenção Especial: SCP-1981 deve ser
mantido em um local seguro de vídeo no arquivo de mídia da área .... Durante o
uso, SCP-1981 não deve ser retirado de sua proteção ou ser exposto a nenhuma
fonte magnética forte. Um sistema de Video System da Betamax e uma televisão
analógica foram disponibilizados na sala de observação 02, na área ..., assim
como os equipamentos de gravação.
Descrição: SCP-1981 é uma fita Betamax padrão. ‘’Ronald
Reagan Cortado Enquanto Discursava’’ foi escrito a mão, em um adesivo, com
caneta. Análises de laboratório indicavam que a SCP-1981 era feita de material
comum, e os números de fábrica correspondiam a fitas cassetes produzidas em
1980. SCP-1981 foi encontrada inicialmente por um responsável pelos arquivos do
Ronald Reagan Presidential Library em 1991, que ao assistir a fita, alertou a
polícia, com o intento de achar o criador por acusações de obscenidade. Uma
investigação de baixo nível foi conduzida pela polícia, até um ponto que a
fundação foi alertada e pegou a fita.
Amnésicos (remédios para indução de amnésia) de Classe A
foram administrados antes que ... fosse notificado. Investigações futuras
mostraram que não foram achados traços da origem da SCP-1981
A fita parece ser uma gravação caseira do antigo presidente
dos Estados Unidos, Ronald Reagan, fazendo seu discurso do ‘’Império do Mal’’
para a Associação de Evangélicos no Sheraton Twin Towers Hotel, em Orlando,
Flórida, em 8/3/1983. No entanto, em 1 minuto e 10 segundos, o discurso começa
a divagar de forma pesada, não se parecendo com nenhum discurso antes feito por
Reagan. Começando em, aproximadamente 5 minutos, múltiplas incisões, lacerações
e feridas de penetração podem ser vistas, sendo feitas lentamente, mas sem
nenhuma indicação da fonte dessas feridas. Mesmo com as múltiplas feridas que
incapacitariam uma pessoa normal, Reagan continuava a dar seu discurso até suas
cordas vocais serem totalmente arruinadas ou até a fita ir a estática, em 22:34
min.
Mesmo rebobinando a SCP-1981 e iniciando o playback da fita,
Reagan faria um discurso totalmente diferente ao anterior, algumas vezes mais
radical que o outro. Os tópicos incluíam tortura, estupro de crianças e rituais
de sacrifício. E os traumas causados em no presidente também se mostravam
divergentes, com ele sendo empalado, mutilação genital e ..., sendo todas
observadas. Em uma das reproduções, é possível ver uma figura vestida de roupas
pretas e um capuz cônico, que foi substituído por um dos membros de imprensa de
Ronald, mais pra frente chamado de SCP-1981-1. A importância da aparição dele
ainda é um mistério.
Os discursos feitos por Reagan eram muita das vezes,
incoerentes e sem a mínima estrutura, e fortemente compostas por anedotas e
parábolas. Mas ocasionalmente, ele fazia referências a eventos futuros, nos
quais ele não poderia saber, como os ataques de 11 de Setembro, o resultado das
eleições russas de 2008 e .... Por isso, tempo e esforços rigorosos foram
feitos para gravar cada playback da fita. No entanto, múltiplas tentativas de
gravar a fita em outra fita Betamax resultaram em falha, mas câmeras
conseguiram gravar os playbacks individuais. Qualquer observação feitas e
gravadas da SCP-1981, devem ser entregues para o Dr. B(censurado), supervisor
do projeto.
Anos de interferência magnética danificaram seriamente a
qualidade de sinal da SCP-1981, dificultando a busca por informação dos
playbacks. Além disso, a natureza pesada das mutilações feitas em Reagan foram
descritas como ‘’Extremamente perturbadoras’’, e por isso é recomendado que qualquer
funcionário se sentindo doente após o playback deve visitar a área de
psiquiatria para uma avaliação de nível 3.
Como Reagan estava vivo no tempo da recuperação do SCP-1981,
uma rede de segurança foi criada para eliminar todas as ligações entre o presidente
e a fita. Nenhuma ligação existente foi encontrada, porém, Reagan
frequentemente reclamava de pesadelos antes do seu estado mental se degradar
por completo.
Transmissões:
00:17:24 - Reagan: A renovação dos valores tradicionais que
têm sido os tendões de força deste país. Uma pesquisa recente realizada por um
pesquisador com sede em Washington concluiu que os americanos eram muito mais
dispostos a participar de canibalismo do que eles têm nos últimos cem anos.
América é uma nação que não vai sofrer abominações de ânimo leve. Sete. E esse
é o núcleo do despertar. Doze. Dezoito. Vamos parar al-Qaeda. Agora lá vai você
de novo.
00:18:02 - Reagan: Pela primeira vez, subiram, e vejo que
estão sendo consumidos. Eu vejo círculos que não são círculos. Milhares de
milhões de almas mortas dentro de contenção. Apesar de ter comido o tecido
moral do país, transformando corações em imundície. Eu sou de um nível acima do
reino humano. O que é que deu? Um sorriso falso que condena toda uma nação.
00:18:43 - Não há esperança.
00:18:59 - [Aplausos]
00:19:15 - [Reagan estremece as costas, como se estivesse
sentindo dor severa. Vários novas lacerações começam a se manifestar em toda
cavidade ocular, bem como furos que aparecem para penetrar testa e têmporas.
Restante do braço esquerdo está agora cortado.]
00:19:59 - Reagan: Mais consenso provou que mais da metade
de todos os americanos, eu ainda odeio. Comido por todo vazio. O vazio. A
tristeza. A escuridão. A escuridão.
00:20:30 - [Risos continua até que o sinal se degrada em
estática]
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00:12:32 - Reagan: Eu fui para as siderúrgicas do Alasca, e
os campos de milho de Nebraska. Eu vi os escritórios abandonados do Google
queimar com as janelas tapadas e os funcionários dentro deles. Eu vi as casas
onde eles cortam-se os pequenos bebês. De costa a costa brilhando eu tenho
andado vazio para baixo babando caminho A carne em decomposição de falsa
moralidade envenenando nossos filhos. Eu já estive no topo da montanha de terra
ganancioso, olhando para o nosso belo poço piedoso, a rebentar com as vastas
mãos de desamparo. E você sabia que o que eu vi?
00:13:57 - Inferno
00:14:20 - [A platéia explode em riso]
00:14:32 - [voz abafada pode ser ouvida por trás da câmera]
00:14:45 - Reagan: Agora lá vai você de novo!
00:14:52 - [Risos procede a reduzir]
00:15:00 - Reagan: Mas realmente agora, vivemos em uma época
feliz. Este é um momento feliz. O tempo está do nosso lado. Um ponto em nove
economiza tempo.
00:15:40 - Não são as suas verdades e há minhas verdades. Há
conhecidos, desconhecidos conhecidos e desconhecidos . Alguns deles são na
platéia agora mesmo!
00:16:02 - [Nesta fase, as feridas infligidas ao pescoço de
Reagan parecem ser tão graves que não podem mais suportar a cabeça. Discurso
degenera em gargalhos como Reagan violentamente se empurra para a frente, a
coluna que está sendo cortada de forma limpa e a cabeça só sendo vagamente
ligada ao corpo por fios de tecido muscular. Corpo permanece assim pelos
próximos três minutos, e continua o gesto como se a coluna vertebral fosse ser
retirada da cavidade do pescoço, antes de finalmente entrar em colapso. Fita
degrada em estática a 22:34]
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Na ultima transmissão apareceu apenas uma imagem e depois
uma mensagem ficou congelada
O episódio “O Afanador de Gasolina” ("The Gas
Bandit"), do Pica Pau, é o último episódio da fase “Pica Pau Biruta”.
Depois dele, começou a fase do Pica Pau “light”, mais fofinho.
O motivo dessa mudança foi a pressão que muitos pais dos
EUA fizeram sobre os estúdios Universal. O Pica Pau biruta era considerado uma
apologia às drogas, além de ter provocado inúmeros casos de pesadelos entre
crianças.
Mas o criador do personagem, Walter Lantz, não concordou
prontamente com a mudança. Como naquela época, início dos anos 40, o Pica Pau
ainda estava longe do sucesso que conseguiria posteriormente, Lantz disse que
preferia cancelar o personagem a vê-lo se transformar em algo completamente
diferente do planejado.
O autor conhecia as artimanhas dos estúdios, e sabia que
a única maneira de realmente pôr um ponto final no assunto seria matar o
personagem. Escreveu o roteiro, reuniu um pequeno grupo de animadores de sua
confiança e gravou a história. Era exatamente “O Afanador de Gasolina”. Mas em
uma versão um pouco diferente do que a conhecemos.
Dias antes da exibição desse episódio, a Universal
ofereceu a Lantz uma compensação financeira bastante vantajosa, que finalmente
fez o criador aceitar continuar com o personagem.
O episódio da morte do Pica Pau teve que ser, então,
reformulado às pressas. 95% dele pôde ser aproveitado, tendo sido modificado
apenas o final. Para ser mais exato, também foi acrescentada uma fala no começo
do episódio, quando o Pica Pau diz "I'm a necessery evil" ("eu
sou um mal necessário", que na dublagem ficou "eu sou um diabo
necessário"). Isso mostra claramente o ponto de vista de Lantz sobre as
mudanças que viriam: eram um "mal necessário".
A fita do episódio original, no qual o personagem morre
de verdade, era fácil de ser achada entre os inúmeros arquivos da empresa de
Walter Lantz. Isso mudou no final da década de 50, quando a popularidade do
Pica Pau aumentou incrivelmente. O criador resolveu então escondê-la, por saber
como ela poderia ser frustrante para os fãs.
Em meados dos anos 90, um grupo de estagiários foi
convocado para vasculhar os antigos arquivos dos estúdios de Walter Lantz. O
objetivo era achar algumas animações raras e fazer um VHS comemorativo com
elas. Uma das fitas encontradas era a do episódio cancelado. Após assistirem,
seis dos estagiários pediram desligamento do projeto, assustados e
decepcionados com o que viram. Os outros a encaminharam para o coordenador, que
imediatamente guardou a fita para si e pediu que todos esquecessem “aquela
bobagem”. Não se sabe o que ele fez com ela.
O coordenador não sabia que um dos estagiários havia dado
um jeito de gravar uma cópia precária do episódio, filmando a tela do monitor
com uma câmera amadora. A gravação foi digitalizada e chegou a ser divulgada na
internet. Contudo a rede mundial ainda não tinha a agilidade de repercussão de
hoje, e a empresa de Lantz conseguiu com êxito estancar a circulação do vídeo.
Voltando aos roteiros: Curiosamente, na versão editada
(que foi ao ar) o Pica Pau de fato “morre” após uma grande explosão, virando um
anjo. No entanto isso é mostrado de uma forma “leve”, que, somada ao estilo
non-sense do personagem, em nenhum momento despertou no público a impressão de
que ele pudesse de fato ter morrido, chegado ao fim.
Na versão cancelada, a sequência é diferente:
Após a explosão, a câmera mostra o Pica Pau e o policial
em cima de uma pequena nuvem, um ao lado do outro, ajoelhados, olhando para a
Terra embaixo, chorando. Não têm asas nem auréolas. São desenhados em cores de
leve transparência, que indicam serem dois espíritos. O cenário é todo em cores
acinzentadas, como se estivesse prestes a cair um temporal. A trilha de fundo é
profundamente triste, depressiva. É colocada em baixo volume. A intenção é dar
total ênfase ao choro deles.
A câmera corta para um close do rosto do policial. As
mãos estão na cabeça, arrancando em desespero pedaços de pele. Seu choro é
realmente sofrido, de uma veracidade perturbadora. Cortam a imagem para a
terra, onde se vê o corpo do policial em pedaços, como um brinquedo desmontado.
Todos os membros e a cabeça estão separados do tronco. Não há sangue ou
vísceras, mas isso não alivia o impacto da cena. Corta para a cabeça. A boca
está entreaberta, dela escorre um pequeno filete de saliva; os olhos, bem
arregalados, têm as pupilas muito pequenas, sem brilho, fitando o nada.
Volta para a imagem dos dois chorando na nuvem. Ela dura
exatos 6 segundos, e cortam para um close do rosto do espírito do Pica Pau. Seu
choro não apenas é perturbador, como parece ser um desesperado ataque de alguém
que está perdendo a sanidade mental (nada mais apropriado para um biruta).
Outro ponto que chama a atenção é que a voz do choro parece ter sido feita por
outra pessoa, que não o dublador original do personagem. Especula-se fortemente
que seria a voz do próprio Walter Lantz. Essa hipótese, embora forte e
coerente, nunca foi confirmada.
Cortam para o corpo do Pica Pau, que também está em
pedaços. Em seguida, mostram a cabeça em close. Vê-se bico aberto, faltando um
pedaço da ponta e com a língua para fora. Os olhos arregalados mostravam as
pupilas grandes como sempre, mas com uma diferença fundamental: as íris, em vez
de verde como costumavam ser, estavam totalmente negras.
Diminuem aos poucos o volume da música triste, até
desaparecer. Escuta-se apenas o choro do Pica Pau (o choro de Lantz?)
acompanhando a imagem da cabeça. A tela vai escurecendo até ficar completamente
preta, ainda se escutando o choro do espírito.
O Quibungo é uma espécie de Bicho-Papão negro,
um visitante africano inesperado que acabou por se domiciliar na Bahia, onde
passou a fazer parte do folclore local.
Trata-se de uma variação do Tutue da Cuca, cuja
principal função era disciplinar pelo medo as crianças rebeldes e relutantes em
dormir cedo.
Apesar de ser um ente fantástico das nossas tradições, não se compara
como mito aoMapinguari, o Capelobo e o Pé de
Garrafa, pois trata-se apenas de um personagem, uma figura, um ponto de
referência dentro da literatura oral afro-baiana.
O Quibungo faz parte dos contos romanceados, sempre com um
episódio trágico ou feliz mas sem data que o localize no tempo. É umVelho do
Saco para os meninos, um temível devorador de crianças, especialmente
as desobedientes. Sem dúvida um meio eficaz de cobrar disciplina pela imposição
do pavor. Não há testemunho ocular de sua existência, mas, em meio ao universo
infantil, existe como coisa concreta. Dentro dessas estórias tradicionais,
contadas para as crianças inquietas, ou teimosas, ele se arrasta como um
fantasma faminto, como um feroz devorador de meninos e meninas que desgrudam da
guarda dos seus pais.
É uma figura da literatura oral afro-brasileira, com sua bestial
voracidade, sua imensa feiúra, brutalidade e inexistente finaldade moral. Em
quase todos os contos em que aparece o Quibungo há versos para
cantar. Esse detalhe lembra as estórias contadas, declamadas e cantadas que
ainda hoje podemos ouvir na África equatorial, setentrional e na China, ao ar
livre, para um auditório sempre renovado das ruas e praças. É o famoso teatro
dos bonecos ou marionetes, onde personagens encenam dramas épicos ou outros de
finalidades morais e educativas, retratando sempre de uma forma lúdica e
didática os problemas das comunidades.
Em Alger ou Xangai, e mesmo nos países nórdicos, vivem ainda hoje
estes artistas de rua, descendentes indiretos dos Mímicos da antiga Roma nos
tempos do império. O Quibungo é um forte aliado dentro dessa
literatura onde não existem limites para a imaginação.
No Congo e Angola, Quibungo significa "Lobo".
Entre os povos da costa ocidental da África, existiam as hordas de salteadores
vindos de outras regiões e que comumente invadiam povoados e aldeias, saqueando
tudo; se apossando de mulheres, crianças e demais pertences, e escravizando os
homens e os velhos. A este tipo de agressão praticadas pelos grupos invasores
eles chamavam de Cumbundo, e a cada indivíduo que faz parte do
grupo, Quimbungo que pode ser interpretado como "invasor" ou "invadir",ou "aquele
que vem de fora sem ser esperado ou convidado".
De tal sentimento de pavor que sentiam, inspirados pelo Quimbungoinvasor,
associados à ideia e ao terror próprios do Chibungo, como eram
chamados pelos povos negros o Lobo animal, nasceu
evidentemente na imaginação popular a concepção dessa entidade estranha - O
Kibungo. Os povos Bantus se encarregaram de transmitir às nossas populações
do norte e nelas persiste, mesmo após o desaparecimento dos povos em que teve
origem.
Desse modo, o Quibungo baiano é ao mesmo tempo homem e
animal. Espécie de lobo ou velho negro maltrapilho e faminto, sujo e
esfarrapado, um verdadeiro fantasma residente nos maiores temores infantis.
Não nos é possível determinar se nas estórias africanas o Quibungoconserva
a forma e os hábitos do seu similar baiano. O Quibungo africano
não tem um ciclo temático igual ao brasileiro. Aqui ele assumiu o mesmo papel
já atribuídos ao Tutu-Marambá, ao Bicho-preto, ao Macaco-saruê,
ao Bicho-cumunjarim, ao Dom Maracujá e ao próprio Zumbi que
muitas vezes é sinônimo de Saci-Pererê. Do africano herdou a boca
vertical, do nariz ao umbigo ou no dorso, assim como já é o nosso Mapinguari.
Na Bahia o Quibungo reina e governa em sua missão de assombro
aos pequenos.
Assim, o Quibungo baiano é só baiano, não existe em
outros lugares do Brasil. É um bicho meio homem, meio animal, tendo uma cabeça
muito grande e também um buraco no meio das costas, que se abre quando ele
abaixa a cabeça e se fecha quando levanta. Engole as crianças abaixando a
cabeça, abrindo o buraco e jogando-as para dentro. É também um feiticeiro,
demônio, lobisomem, macacão, preto velho. No fundo continua sempre a ser um
ente estranho e canibal, que prefere a carne tenra das crianças.
Outro ponto digno de menção sobre o Quinbungo é sua
completa vulnerabilidade. Pode ser atacado por qualquer meio, arma branca ou de
fogo. Morre gritando, espavorido, acovardado, como o mais inocente dos monstros
que a imaginação infantil dos povos já criou.
O Vão do Paraná, aquele grande vale de sessenta léguas,
formado pelas ramificações que correm para o Norte do Estado do espinhaço da
Serra Geral, é o "habitat" do Pé-de-Garrafa. Coberto de extensas
florestas, verdadeiras muralhas verdes que abrigam os cursos dos rios, o Vão do
Paraná é uma região misteriosa, em que o homem se sente assoberbado pela
natureza. Metido na mata sombria, remendada aqui e ali por pedacinhos do céu
azul, o homem sente-se penetrado do terror da natureza.
E o estalido da
folha seca que o mateiro pisou cauteloso, o pio agudo dum pássaro, o farfalhar
das mantilhas de folhagens seguras do ombro alto dos troncos, ao sopro do vento
- o fazem estremecer e arrepiar.
A mata com seu
exército de troncos impassíveis, com seus ruídos misteriosos estofados de
silêncio, é deveras assombrosa. A imaginação aí fervilha. E o terror cria
duendes e gênios, que povoam os recessos intrincados e sombrios e trançam nas
encruzilhadas dos caminhos. Se o caminheiro topa dois galhinhos cruzados em seu
trilho, salta-os se benzendo - foi o Saci que os dispôs assim no caminho.
Se o ouvido alerta
escuta um grito agudo, estaca anelante, pálido. Repetindo, retrocede apavorado
- é o Pé-de-Garrafa - o gênio mau da mata, corpo de homem, preto, umbigo
branco, um pé só em forma de fundo de garrafa. Vive gritando pelas matas à
procura de caminho. Não se deve responder, senão vai aproximando,
aproximando... e ninguém sabe, mas deve suceder algo horrível. Habita só as
matas fechadas. Lenhadores, caçadores e viajeiros, já ouviram seus gritos
pavorosos; ou pularam agoniados seus grandes rastros no chão úmido.
Outros entretanto
informam que o Pé-de-Garrafa é assim: tem um chifre só na cabeça, um olho só na
cara, uma única mão, com garras, e um pé só redondo como fundo de garrafa, que
lhe dá o nome. Se alguém o encontrar, declaram estes informantes, é um perigo:
torna-se uma fera terrível e só se pode acertar o tiro no umbigo, único ponto
branco e vulnerável.
Contam até que um
fazendeiro, passando por uma, mata vizinha de sua fazenda, ouviu o grito do
Pé-de-Garrafa. Como era valente e não temia nada, respondeu, com outro grito. O
grito então veio se aproximando, aproximando, cada vez mais forte, mais
pavoroso, até que o fazendeiro horrorizado, esporeou o animal, abalando pela
estrada a fora, à toda, chegando esbaforido à fazenda, onde contou o caso.
Esta lenda, das
mais famosas do Nordeste colhi-a em Formosa. Segundo constatei por informações
de diversos conhecedores do Norte e Leste, ela é corrente entre as populações
destas regiões. A. Americano se refere, de passagem, a este mito, à página 49
de seu livro Lendas e Encantamentos do Sertão: "O homem indignou-se e
disse que fosse buscar quem quer que fosse, rico ou pobre, até mesmo o
Pé-de-Garrafa, se o encontrasse". Não é restrita, pois, ao Estado do
Piauí, onde primeiro foi colhida por Vale Cabral, segundo pensou um eminente
folclorista. O acadêmico Gustavo Barroso afirma mesmo que já a ouviu alhures.
Sua área geográfica deve ser portanto bem maior.
TEIXEIRA, José A. Folclore Goiano: cancioneiro, lendas,
superstições. 2ª ed. Rev. e ampl. Vol. 306. São Paulo: Companhia Editorial
Nacional, 1959.
A lenda do Romãozinho conta a história de um menino, filho
de um humilde agricultor, que mesmo quando era apenas um bebê, já demonstrava
sinais de ruindade extrema. Dizem que antes mesmo de aprender a falar,
Romãozinho mordia quem colocasse a mão em seu rosto assim como mordia o peito
de sua mãe, quando está tinha que o amamentar.
Já maior, na infância, sempre gostou de maltratar os animais, destruir
plantas e prejudicar as pessoas.
Certa vez, sua pobre mãe mandou-o levar o almoço ao pai, que
trabalhava longe de casa, na roça. Ele foi de má-vontade (nunca foi de seu
feitio fazer nada que não ganhasse algo em troca). No meio do caminho, ele
comeu a galinha que era destinada a ser o almoço de seu pai, colocou os ossos
na marmita e levou-a assim mesmo. Quando o pai viu só ossos ao invés da galinha
assada, ele perguntou o que aquilo significava. Romãozinho, maldosamente,
disse: "Deram a mim a comida já assim ... Eu penso que minha mamãe comeu a
galinha com o homem que vai sempre a nossa casa quando o senhor sai para
trabalhar, e enviou-lhe somente os ossos como deboche do senhor".
Enlouquecido de fúria e ódio, o homem voltou correndo para
casa, não deu nem ao menos tempo para a mulher desmentir o filho, puxou o
punhal e a matou ali mesmo. E Romãozinho, mesmo testemunhando a morte da mãe
não desmentiu o que havia falado para o pai. E enquanto a mãe agonizava no
chão, o menino ainda ria dela e de como havia sido esperto enganando a todos.
Mas antes de morrer, a mãe amaldiçoou o filho, dizendo: "Você não morrerá
nunca! Você não conhecerá o céu ou o inferno, nem repousará enquanto existir um
vivente sobre a terra! Seu tormento será eterno"!
Romãozinho não se intimidou, riu mais uma vez ante a
maldição e foi embora. Vendo o mal que havia feito e de como tinha sido
enganado, o pai se suicidou. Desde esse dia o menino nunca mais cresceu, e dizem
os populares que ele costuma andar pelas estradas e fazer travessuras com os
coitados que possuem o azar de cruzar com ele. Tem por hábito quebrar as telhas
das casas a pedradas, assustar os homens e torturar as galinhas.
Mas algumas pessoas também atribuem a ele coisas boas. Há
uma história que diz que uma mulher grávida estava sozinha quando entrou em
trabalho de parto, e no desespero chamou por Romãozinho, e este atendeu ao
chamado, foi à casa da parteira que depenava uma galinha. Conta a mulher que a
galinha de repente saiu da sua mão voando. A parteira saiu correndo atrás e a
galinha foi jogada na casa da mulher que estava em trabalho de parto (Até para
fazer o bem, Romãozinho tortura).
A lenda do Romãozinho é bastante conhecida no leste da Bahia,
em toda Goiás, parte do Mato Grosso e também no
Maranhão.Conta-se que os primeiros relatos desse mito são do distrito de
Boa Sorte, município de Pedro Afonso, em Goiás, que faz fronteira com o
Maranhão, e dataria do século XX.
Existem diversas versões sobre a história de Romãozinho. Em
algumas ele teria matado o pai de susto, já em outras, sua mãe teria vivido e
amaldiçoado o filho posteriormente a morte do pai. Existe ainda uma versão em
que dizem que o menino também vira uma tocha de fogo que fica indo e vindo
pelos caminhos desertos. Já outros, dizem que ele seria o próprio Corpo-Seco,
lenda esta que nós já publicamos aqui no blog. Nesta versão, a alma do menino
seria tão ruim, mas tão ruim, que nem o céu nem o inferno o quiseram, por essa
razão ele vaga pelo mundo assustando as pessoas.
Em 1663, o físico dinamarquês Thomas Bartholin descreveu uma
mulher que “ardeu em chamas e fumaça” enquanto a cama de palha em que estava
deitada permaneceu intacta. O estranho incidente, que aconteceu em Paris, é
tido como o primeiro registro de um fenômeno que hoje conhecemos – mas que não compreendemos
– como combustão espontânea.
A combustão humana espontânea é o nome dado ao raro
acontecimento em que uma pessoa queima até virar cinzas, sem causa externa
aparente para a ignição.
Características
A maioria dos 200 casos conhecidos de combustões humanas
espontâneas (CHE) têm características similares.
Primeiro, o corpo é quase completamente incinerado enquanto
a maior parte da área ao redor permanece intocada; apenas o corpo, o chão
embaixo e o teto logo acima são afetados.
A segunda característica comum é que o torso é a parte mais
consumida pelas chamas, com os possíveis restos pertencentes às extremidades.
A terceira é que assim como não há evidência externa de
ignição, também não há anda que supostamente tenha acelerado ou começado o
fogo.
Finalmente, a vítima está normalmente sozinha, e em casa,
quando encontra o fogo mortal. E geralmente são reconhecidas como vivas quando
o fogo começou, mesmo que não sejam comuns sinais de luta.
Há diversas teorias para explicar o fenômeno: explicações paranormais
e naturais, envolvendo causas mais ou menos verificáveis.
Entre as explicações naturais mais plausíveis está a ideia
de que as vítimas – que tendem a ser idosas, enfermas ou obesas – estão
dormindo, ou imóveis, ou ainda mortas por algo como um ataque do coração, e
acionam alguma fonte de fogo – comumente um cigarro derrubado.
Uma hipótese conhecida como o “efeito pavio” sugere que
alguma faísca externa ou chama queima as roupas da vítima o suficiente para
chegar à pele. A pele então libera gordura, que age de modo similar à cera da
vela. O efeito foi testado e concluíram que o corpo humano contém gordura
suficiente para garantir a própria combustão.
Outros estudiosos da combustão humana espontânea têm suas
próprias teorias, baseadas em explicações mais “loucas”. Uma delas sugere que
partículas como os raios gama causam uma CHE, em uma reação livre de oxigênio –
mas como isso acontece e de onde vem a energia é um mistério.
Outra explicação ainda não testada é a de que níveis
anormais de álcool no sangue atingem o ponto de pegar fogo espontaneamente. Mas
os níveis de concentração alcoólica necessários para tanto faz a teoria
impossível.
Uma terceira ideia é de uma faísca de um acúmulo de
eletricidade estática, que inicia o fogo nas roupas da vítima. Mas isso soa
pouco plausível para os infernos mortais que tiraram a vida de centenas de
pessoas.
7 – Mary Hardy Reeser (1951)
Em 1951, na Flórida, os restos carbonizados de Mary Reeser,
de 67 anos, foram encontrados na cadeira em que ela estava sentada, com nada
mais fora o crânio, parte do pé esquerdo e o osso da coluna. Mesmo com o corpo
quase completamente incinerado, houve pouco dano à sala – nada esperado para um
incêndio típico.
O chefe de polícia local, J. R. Reichet, enviou uma caixa
com evidências para o FBI, junto com uma nota: “Pedimos informações ou teorias
que possam explicar como um corpo humano pode ser tão destruído, o fogo
confinado a uma área tão pequena e tão pouco dano à estrutura do prédio, e a
mobília do quarto nem mesmo chamuscada pela fumaça”. O FBI respondeu com a
teoria do pavio – um cigarro gerou o fogo.
6 – John Irving Bentley (1966)
John Irving Bentley era um físico de 92 anos da Pensilvânia,
encontrado morto em seu banheiro, queimado até a morte. A única sobra do corpo
de Bentley foi a metade inferior da perna direita, com o pé ainda usando um
chinelo. O corpo queimou tanto que as sobras foram parar no porão, embaixo do
banheiro. Um teórico acredita que as cinzas do cachimbo de Bentley caíram nas
suas roupas e os fósforos no bolso ajudaram no resultado. O que parece ser um
jarro de água quebrado estava na banheira, sugerindo que Bentley tentou apagar
o fogo, mas morreu antes de conseguir.
5 – Henry Thomas (1980)
Henry Thomas, de 73 anos, foi encontrado na sala de sua casa
em Wales quase que completamente incinerado – exceto pelos seus pés calçados e
pernas abaixo dos joelhos, e o crânio. Metade da cadeira onde estava também foi
destruída, e o calor derreteu o controle da televisão.
O policial John E. Heymer comentou que “a sala estava
inundada por uma luz laranja, que vinha das janelas e de uma lâmpada. Essa luz
é o resultado da luz do dia e da eletricidade sendo filtradas por gordura
humana evaporada e condensada nas superfícies. O restante da casa estava
completamente intacto”. A equipe forense afirmou que a morte foi resultado do
efeito pavio, sugerindo que Thomas caiu na lareira e sentou-se de novo.
Entretanto, Heymer discorda, dizendo que o oxigênio na sala fechada não iria
permitir o efeito, e ainda lembrou-se das bordas da calça da vítima – “que
pareciam queimadas por um laser”.
4 – George Mott (1986)
Apenas um crânio encolhido e uma costela foram encontrados
depois que George Mott, um bombeiro nova-iorquino de 58 anos, queimou até virar
cinzas, junto com a cama onde estava deitado. Investigadores lançaram a ideia
de que um arco elétrico e um vazamento de gás tinham causado as chamas. Mott
era conhecido como um fumante e bebedor pesado, e não estava com a máscara de
oxigênio que costuma usar.
3 – Jeannie Saffin (1982)
Um dos poucos casos de combustão espontânea em que uma
testemunha esteve presente é o de Jeannie Saffin, uma mulher de 61 anos com
idade mental de seis. Saffin estava sentada com o pai, de 82 anos, na casa
deles, em Londres, quando, de acordo com o testemunho do homem, ele percebeu de
relance um raio de luz.
Quando se virou para a filha, ele a viu coberta de chamas
mas sem movimento ou qualquer tentativa de apagar o fogo. Ele tentou apagar o
fogo, machucando as mãos no processo. Jeannie sofreu queimaduras de terceiro
grau na parte superior do corpo, mas morreu uma semana depois, enquanto estava
no hospital.
2 – Michael Faherty (2010)
O irlandês Michael Faherty, de 76 anos, foi encontrado
morto, com a cabeça perto da lareira, em sua sala. Os danos no local estavam
limitados ao teto acima de sua cabeça, o chão logo abaixo, e o corpo,
totalmente incinerado. A polícia, entretanto, não acreditou que a lareira foi a
causa do incêndio. O coronel afirmou que “esse fogo foi investigado e eu fico
com a conclusão de que isso entra na categoria de combustões humanas
espontâneas, para a qual não há explicação adequada”. Outros acreditam que as
cinzas do fogo tenham sido responsáveis.
1 – Robert Bailey (1967)
Em um estranho caso de combustão espontânea em Londres, um
passageiro de ônibus avistou chamas azuis na janela de um apartamento superior
e presumiu ser um jato de gás. A testemunha chamou o corpo de bombeiros, e
Robert Bailey, um homem de rua, foi encontrado morto nas quentes escadarias do
prédio. Um bombeiro afirmou que as chamas azuis – extinguidas com uma mangueira
– estavam vindo de uma fenda no abdome de Bailey, que ainda estava vivo quando
começou a queimar.